Tu conheces o famoso cemitério de navios do Rio Grande do Sul?

Qual vivente que não gosta de um litoral no verão? Mar verde, céu azul, com a bandeira do Rio Grande do Sul sob as guaritas... nada de bandeira invasora!

VIVA A NOSSA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE!






Fotos de Cristiano Borba.

O que grande parte dos viventes não sabem, é que o Rio Grande do Sul abriga a maior praia do mundo, e dentro de todos litorais, temos um grandioso cemitério de navios! Dos 270 naufrágios documentados na costa gaúcha em pouco mais de 250 anos, 117 deles ocorreram na barra de acesso ao Porto de Rio Grande, um dos locais mais perigosos no mar do Rio Grande do Sul!  

Não é por outra razão que, com freqüência, a barra é fechada para o ingresso e saída de navios do porto, por falta de condições de navegação — com ondas altas, ventos fortes e bancos de areia traiçoeiros, ela se torna intransponível durante temporais, apesar dos molhes construídos ali no início do século passado.
Os molhes foram construídos entre 1911 e 1919 — o oeste, no balneário do Cassiano, tem 3.160 metros de extensão e o leste, no município de São José do Norte, tem 4.220 metros. Os paredões foram feitos com blocos de pedras de até 10 toneladas, lançadas umas sobre as outras com guindastes. Os trilhos por onde elas foram transportadas foram preservados no Cassino e são utilizados para passeios turísticos em vagonetas.
A barra, que é o ponto de comunicação da Lagoa dos Patos (maior lagoa de água doce do mundo, que se estende das proximidades de Porto Alegre a Rio Grande) com o mar, tem uma extensão de 14 quilômetros por 200 metros de largura. Os molhes fixaram a barra e aumentaram a profundidade do canal, criando uma proteção contra as ondas mais violentas e também contra o assoreamento natural causado pelos detritos levados da Lagoa dos Patos.


O litoral gaúcho, no trecho compreendido entre o balneário de Dunas Altas em Quintão e a barra da Lagoa dos Patos em São José do Norte, abriga em sua extensão uma série de naufrágios que justificam a expressão “cemitério de navios” empregada para descrever este trecho da costa.

São 250km de praia reta e deserta, entrecortados por faróis, pequenas vilas de pescadores e raros balneários de veraneio, formando uma região extremamente isolada e por isso mesmo de natureza bastante preservada. Extensas dunas e banhados acompanham a praia em toda a sua extensão, e nos meses de inverno não é raro encontrar pela praia animais marinhos como pingüins, desviados de suas rotas migratórias pelas correntes marinhas.
Em função de tudo isso, vencer os 250km de areia entre Dunas Altas e São José do Norte se constitui numa aventura que todo proprietário de um veiculo 4x4 deveria fazer, pelo menos uma vez na vida.

Dentre os diversos naufrágios ocorridos na costa gaúcha, um dos mais notáveis e conhecidos é o navio cargueiro Mount Athos, cujos restos repousam na praia, 15km a norte do Farol da Solidão.

“Antes da instalação de uma rede de faróis entre Torres e o Chuí, bem como o surgimento da navegação por GPS, o litoral gaúcho foi palco de incontáveis naufrágios. O vento “nordestão” e o “carpinteiro” agravavam a situação, fazendo da nossa costa uma verdadeira armadilha para a navegação. Estas características valeram ao nosso litoral, considerado um dos mais perigosos do mundo, o apelido de “cemitério de navios”. 

Umas das vítimas foi o navio “Mount Athos”, de 164 metros de comprimento. No dia 11.03.1967 o cargueiro grego, que transportava adubo para Rio Grande, foi acossado pelo vento e por fortes ondas. Ao aproximar-se demasiadamente da costa, a embarcação colidiu com um banco de areia, vindo a dar na praia com os seus 28 tripulantes. Todos se salvaram. Estava a 15 quilômetros ao norte do Farol da Solidão, nas coordenadas aproximadas de 30ºS31’/50ºW20’.

O Mount Athos foi desmontado pelos Irmãos Mollet de Porto Alegre e seus restos encaminhados para a siderurgica Rio Grandense. Ainda hoje, no entanto, nas ocasiões de mar baixo, é possível observar os restos do fundo do Mount Athos”.





Esta foto extraida da internet, é relativamente bem conhecida e que data da época do naufrágio do Mouth Athos. É um registro fantástico do navio ainda inteiro, antes de ser desmontado, e que permite ter a noção exata do seu tamanho e também da violência dos ventos e ondas que trouxeram esse gigante até a praia.

Esta imagen retrata o que restou do casco do Mount Athos, como se encontra nos dias de hoje, mais de 40 anos após seu naufrágio.


Podes perguntar a qualquer pescador Gaúcho, o cemitério de navios é o melhor lugar para pescaria! Onde ficam só os peixes "cuiudos", um paraíso para a pesca de praia!! Aqui tu podes pescar papa-terra, viola, corvina, arraia, peixe-rei, bagre, o ano inteiro! A isca que usam é marisco, corrupto, camarão ou minhoca-do-mar. Também tem barcos naufrágados sob os nomes de "Fantasminha", "Cabeça de nego", "Irene" e "Altair".

Aqui abaixo tu conferes uma pescaria de um Gaúcho na praia do Quintão!







Boas pescas, viventenautas!

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