Neste ano, liderando homens armados até os dentes, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela ponte da Azenha. A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário que teve cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicas, foi proclamada a Republica Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre Espanhóis e Portugueses. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimento às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar taxas pesadas sobre os produtos do Rio Grande do Sul.
Couro, erva-mate e charque, por exemplo, passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguay e Argentina. Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada astronomicamente abusiva, agravando o quadro.
Esses fatores, juntados, geram a revolta da elite sul Rio-Grandense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.