Ao recorrer dos anos, ao cruzarem-se entre sí, Mastins, Galgos e Lebreis foram constituindo uma raça que é fruto de absoluta seleção natural, sobrevivendo apenas os mais tauras. Em esse aspecto, sua formação tem a mesma origem do Cavalo Crioulo, até firmar-se como raça definida. No território da atual República Oriental do Uruguay, situada sobre o Rio da Prata e Atlântico Sul, foi onde subsistiu melhor e com mais tipicidade.
No fim do século XVIII, a economia principal da região era a exploração bovina, tendo o couro como principal produto. Assim é que, devido à facilidade e abundância de alimentação, o número de cães da raça Cimarrones, foi aumentado em grandes proporções, causando com isso grandes transtornos. Por ordem do vice-rei, no ano de 1.792 foram mortos mais de 30.000. Cada cota de cães abatidos valia uma quantia em ouro.
Algumas madres com suas crias conseguiram-se salvar, escondendo-se nos matos nativos do nordeste Uruguayo, hoje, Departamento de Rocha; Treinta y tres e Cerro Largo. Foi onde o Sr. Carlos Alonso Imhoff pôde ir resgatar os decendemtes daqueles Cimarrones e depois de rigorosa seleção, escolheu os primeiros 17 exemplares que serviriam de base para oficializar a raça e redigir o standard da mesma no ano de 1989. No Rio Grande do Sul foi introduzido através da fronteira com o Uruguay, tendo como principais núcleos criatórios, os municípios de Bagé e Jaguarão.
E é considerado o cachorro ideial para fazendo, guarda e companhia. Em seu país de origem é classificado como sendo do grupo 2, o mesmo onde se enquadram o Fila Brasileiro, Dogo Argentino, Rottweiler, Mastiff, Boxer e outros e, está sendo o preferido para provas de agilidade. Muito rústico, de extrema coragem, não tem agressividade gratuita, entretanto à noite, defende muito bem seu território, mantendo estranhos longe de suas terras.
